Resumo de Texto Filosofia da Educação

Na visão de Aristóteles o processo de conhecimento é mais linear do que a de Platão. Com base no conhecimento já obtido progredimos cada etapa em um processo cumulativo da anterior para a seguinte: sensação (aisthesis)  memória (mnemósine)  experiência (empeiria)  arte/técnica (téchne)  teoria/ciência (episteme)
O processo inicia-se com os sentidos ou a sensação. Aristóteles, ao contrário de Platão que considerava os sentidos pouco confiáveis, valoriza os sentidos e os vê como pontos de partida indispensável no processo do conhecimento. No entanto, devido à insuficiência dos sentidos, já que seu contato com o real é instantâneo e direto, precisamos da memória para reter os dados sensoriais para que se dê continuidade ao processo de conhecimento.
A experiência constitui-se a partir dos dados que recebemos dos sentidos e podemos considerá-la a primeira etapa do conhecimento propriamente dito. Caracterizada por estabelecer relações entre os dados sensoriais retidos na memória e basear-se na regularidade destes dados, a experiência é o conhecimento prático baseado na repetição.
O próximo passo é chamado de arte ou técnica, sendo portanto o trabalho do artífice ou do artesão. Consiste em um conhecimento de regras que permitem produzir determinados trabalhos. Na visão de Aristóteles, nesta etapa podemos determinar a causa das coisas e observar que, sob certos aspectos, aquele que tem um conhecimento prático pode levar vantagem sobre o que tem o conhecimento apenas técnico. Porém, aquele que conhece as regras é imediatamente superior àquele que tem apenas a prática, pois além de saber fazer, sabe o que faz e por que o faz.
A última e mais elevada etapa do processo de conhecimento é a ciência. É o conhecimento do real, de conceitos e princípios. O que caracteriza a superioridade da episteme em relação à técnica é o saber teórico contemplativo que se define por não ter objetivos práticos ou fins imediatos. A técnica, enquanto saber aplicado visa obter resultados e