Resumo de filmes

“Um estranho no ninho” O filme “Um estranho no ninho” emociona pelas cenas de amizade e de companheirismo entre os internados, alterna drama e comédia em algumas cenas descontraídas daquele horrível manicômio e se mostra cheio de crítica do começo ao fim. Afinal, por que a grande maioria dos ‘loucos’ do hospício tinha a plena liberdade de voltar ao mundo normal e retomar sua vida social, mas, mesmo assim, preferia permanecer internada? Porque, como o próprio McMurphy percebera antes de ser infectado pela loucura do Sistema, eles eram feitos de loucos por uma sociedade que, essa sim, é louca. A loucura não está neles, está na ideologia deficitária que regra o mundo.Jack Nicholson interpreta o divertido e totalmente malandro McMurphy, um detento que se finge de louco para escapar da prisão e ser internado num manicômio. Ele, ao chegar no Hospital Psiquiátrico, conhece uma rotina insana e plenamente desumana, em que a chefe-de-enfermagem Sra. Ratched (Louise Fletcher) faz os internos reviverem seu próprio escuro e ignora por completo suas necessidades ou desejos. Esse pequeno hospício de uma cidade americana desconhecida, na realidade, simboliza o próprio sistema punitivo, normativo e manipulador que é o psiquiátrico, em que é exigido que os aparentemente ‘loucos’ sejam corrigidos à custa de sua personalidade e felicidade.
Ao longo do filme, que tem certos traços de cinema cult (embora tenha ganhado ao todo cinco Oscar, incluindo o de melhor filme e de melhor ator principal, pela interpretação de Jack Nicholson), se vai percebendo que McMurphy enlouquece com a tortura mental da rotina diária daquele hospício. Mesmo tendo entrado ali porque queria se livrar da cadeia, ele forçosamente se encaixa naquele ciclo vicioso, de horror e de injustiça, onde os pacientes, minimizados à figura de meras coisas, têm que se sentir como o lixo do Sistema e como anormalidades da Perfeição. Entretanto, o que mais surpreende no filme é o quão McMurphy lutou, talvez não tanto pela