Resumo da ética de epicuro

361 palavras 2 páginas
Resumo da Ética de Epicuro

A ética epicurista é basicamente um hedonismo. Segundo o epicurismo, o motor e a meta da vida humana são identificados ao prazer. Eis o que afirma Epicuro: “Chamamos ao prazer princípio e fim da vida feliz. Com efeito, sabemos que é o primeiro bem, o bem inato, e que dele derivamos toda escolha ou recusa e chegamos a ele valorizando todo bem com critério do efeito que produz”.
Mas o hedonismo epicurista, embora considere todo prazer como corpóreo, não legitima qualquer tipo de prazer. A meta do epicurismo é o prazer em repouso, que não consiste em satisfazer uma necessidade; é antes, eliminar a necessidade, atingir a ausência de dor (indolentia). Não que esse prazer se resuma à negação da dor, a um vazio efetivo, sua positividade é que é plena, isenta de qualquer pesar, carência, necessidade. Por isso, Epicuro opõe-se à busca desenfreada pelos bens, segundo ele precisa-se de bem pouco para ser feliz.
O ápice do prazer epicurista é a conquista da imperturbabilidade de espírito (ataraxia). Mas a ela só se chega pelo discernimento da diversidade dos desejos, pois nem todos devem ser atendidos. Pois segundo o epicurismo: “Alguns desejos são naturais e necessários; outros são naturais e não necessários; outros nem naturais nem necessários, mas nascidos apenas de uma vã opinião”.
O hedonismo epicurista alia prazer a serenidade. Mas cara Epicuro, administrar os desejos, para manter-se “nos limites impostos pela natureza”, é o caminho que conduz a essa serena felicidade. Esse controle racional da afetividade coloca a existência humana em sintonia com a natureza das coisas revelada pela física e impede que se siga na direção apontada pelo desejo que não expressa uma necessidade natural, antes constitui imposição do meio social em seu aparente progresso.
Mas para conquista dessa felicidade, faz-se necessário a libertação da alma, que na inscrição de Enoanda aparece sob a forma de tetraphármakon, o quadruplo remédio composto por ingredientes

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