Resumo da história do sistema de saúde no brasil

Percebemos que na República Velha os problemas de saúde pública não eram priorizados na agenda política, exceto em casos de epidemias, em que havia ações pontuais para solucionar questões momentâneas.
Enquanto nas cidades grassavam a varíola, a tuberculose, as doenças venéreas, a peste bubônica e a febre amarela; no interior do país a zona rural sofria com endemias, como a ancilostomose, a malária e a doença de Chagas.
Em 1889 ocorre a regularização do serviço de polícia sanitária e a adoção de normas para impedir o desenvolvimento de epidemias. É o início da organização das administrações sanitárias estaduais.
Desde a Constituição de 1891, que garantia a autonomia estadual e municipal, a União só poderia intervir a pedido dos entes federados, inclusive na saúde.
Foi a partir do final da 1ª Guerra Mundial que se notou ações mais dinâmicas do poder público da República Velha em favor da saúde pública, com uma presença estatalmais forte, embora incipiente quando comparada aos períodos posteriores da história brasileira.
Em 1897 é criada a Diretoria Geral de Saúde Pública, que englobava os serviços terrestres e marítimos, dividindo o litoral em 3 distritos sanitários: Rio de Janeiro, Recife e Belém.
Em 1900 o Rio de Janeiro, capital do país, não tinha saneamento básico e doenças como febre amarela, varíola e a peste se espalhavam. O município tinha quase 730 mil habitantes e com inúmeros cortiços, precursores das favelas.
Em 1902 o presidente Rodrigues Alves institui o Plano tríplice: reurbanizar, sanear e reformar o Porto do Rio. Por isso foi chamado "O Presidente Sanitarista". Ele tinha como motivações Motivações incentivar o Turismo, apoiar os cafeicultures, favorecer a imigração e a morte de sua filha pela Febre Amarela.
No mesmo ano, o Prefeiro nomeado Pereira Passos institui as seguintes proibições: Cuspir dentro de bondes, ordenhar vacas leiteiras nas vias públicas e a mendicância. Além disso, ele disponibiliza escarradeiras para o povo nas repartições