Resumo Capitulo 3 - O capital - Karl Marx

Universidade Federal Fluminense- UFF
Polo Universitário Campo dos Goytacazes
Departamento de Ciências Econômicas
Economia Política
MARX, Karl. O Capital

Resumo Capítulo 3

1. Medida dos valores MEDIDA DE VALORES O dinheiro fornece o material de expressão das mercadorias, ou seja, cumpre a função de medir valores (mesmo que o dinheiro não esteja fisicamente presente, já que se alguém pergunta quanto vale uma bolsa, a expressão desse valor será em dinheiro, ou seja, o preço). Com isso, podemos dizer que o preço é a representação monetária do quantum de trabalho socialmente necessário existente em uma mercadoria. Segundo Marx, parece (aparência real) que a existência do dinheiro torna possível a comensuração das mercadorias, mas não é devido ao dinheiro que é possível essa comensuração, visto que a forma dinheiro surge da equiparação entre duas mercadorias (quantitativamente iguais e resultantes do trabalho humano abstrato). Portanto, antes do dinheiro, as mercadorias eram comensuráveis entre si. Na verdade o dinheiro possibilita essa comensuração, pois ao tentar descobrir quanto vale uma mercadoria, seu valor é dado pelo preço, logo, a forma-dinheiro. Como Marx já enfatizou anteriormente que o valor de uma mercadoria está no tempo de trabalho (já que os produtos do trabalho se representam na forma mercadoria), o dinheiro, portanto, é a forma necessária da medida de valores das mercadorias. Com isso chega-se a questão de que a expressão do valor em termos de dinheiro é a forma preço:
FORMA DINHEIRO = PREÇO Vale ressaltar que, na visão do Marx, o dinheiro não tem preço, já que R$10,00 vale R$10,00. A expressão do dinheiro não pode se dar pelo próprio dinheiro. Para saber quanto vale R$10,00 é necessário a equiparação com uma mercadoria. PADRÃO DOS PREÇOS

Enquanto forma-dinheiro, as propriedades físicas do ouro se “deslocam” para que sirva como representação do valor. À medida que existe mais de uma medida de valor