Resumo "capitalismo, estado e desigualdade"

A fim de reconstituir o processo de democratização, a partir da revolução de 30, o autor mostra que a criação de uma esfera pública, de fazer política, decorreu quase por inteiro da ação das classes dominadas. Política entendida no sentido de Ranciere de ‘reivindicação da fala, que é, portanto, (..) desentendimento em relação a como se reparte o todo, entre os que têm parcelas ou partes do todo e os que não tem nada”. Toma como ponto de partida os anos trinta, desde a tentativa de constituição dos partidos de classe, como movimentos das classes dominadas q abriram a política brasileira.
Ditadura Vargas- é claro na literatura que sindicatos, sociedades de ajuda mutua organizadas pelo operariado foram anulados e transformados nos Institutos de Previdência e nos sindicatos tutelados. Há grande operação de silencio, de roubo da fala, que se sintetiza na busca da “harmonia social”, isto é, da anulação da política. Quando Vargas é derrubado pelas forças aliadas, as classes dominadas abrem o espaço de sua fala e o Partido Comunista chegou a ter bancada considerável na Câmara Deputados, tinha importantes bancadas nas Assembléias Estaduais, elegeu Prestes. Em 1947 com a Guerra Fria, sob pressão americana, as classes dominantes e as Forças Armadas respondem pondo o Partido Comunista na ilegalidade (sendo que ele recolhia maioria dos votos da classe operaria das cidades + industrializadas).
Em 1950 varguismo ressurge e busca apoio do novo operariado urbano. Define-se pela nova relação de forças estabelecida em seu interior, com os propósitos de cooptação, nome que a sociologia dá a anulação, impostas para que o varguismo possa sobreviver ao confronto com a nova direita liberal (UDN) e as velhas bases latifundiárias (PSD). Então, a operação de abertura do varguismo é uma operação da classe trabalhadora embora a interpretação sociológica e de ciência política insistam que o varguismo era a expressão de caudilhismo urbano. O suicídio de Vargas é um golpe dirigido, sobretudo a