resumo cap 3 a verdade e as formas jurídicas

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Conferência III: Foucault começa a terceira conferência lembrando que uma das conquistas da democracia ateniense foi a história do processo através do qual o povo se apoderou do direito de julgar, do direito de dizer a verdade, de opor a verdade aos seus próprios senhores, de julgar aqueles que governam, pois este direito de opor uma verdade sem poder a um poder sem verdade deu lugar a uma série de grandes formas culturais características da sociedade grega. Deste modo, houve na Grécia uma espécie de grande revolução que, através de uma série de lutas e contestações políticas, resultou na elaboração de uma determinada forma de descoberta jurídica da verdade: o inquérito, que após permanecer esquecido por vários séculos, será retomado com dimensões extraordinárias na Idade Média. A partir disso, Foucault faz um resgate das formas jurídicas que emergiram ao longo da história realizando uma reconstituição de como o direito foi passando da idéia de justiça privada para a de justiça pública. Nesse sentido, o autor começa analisando o Direito Germânico que regulamenta os litígios das sociedades germânicas no momento em que estas entram em contato com o Império Romano. No Direito Germânico o sistema de inquérito ainda não existia, os litígios entre os indivíduos eram regulamentados pelo jogo da prova (se aproximando do Direito Grego arcaico). Assim, a primeira condição para que houvesse ação penal no direito germânico era a existência de dois personagens e nunca de três. Em segundo lugar, o Direito Germânico era uma maneira regulamentada de fazer guerra, ou melhor, era a forma ritual da guerra. Por fim, a interrupção da guerra ritual era o terceiro ato ou ato terminal do Direito Germânico. O vencedor é aquele que sobrevive à luta ou que não desiste dela. Como havia o embate de duas verdades, o conflito era decidido por uma terceira pessoa, alheia à controvérsia, que proferirá um veredicto sobre qual verdade prevaleceu. Portanto, não se trata de determinar qual

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