Resumo cap 2º "o que é sociologia"

O surgimento da sociologia se deu em um momento histórico conturbado, o que resultou em uma formação fragmentada. Um contexto marcado por antagonismos, alternativas e divisões visionárias teve influência direta na criação de uma ciência dividida e complexa em formas variadas de ver o objeto coletivo, de entender o meio e de analisar o comportamento político e social. Essa mistura ideológica se prolongou até a sociologia moderna, coexistindo, hoje, diversas tradições neste estudo.

O novo sistema capitalista trouxe um grupo de estudiosos que via a expansão desse modelo econômico, das lutas e buscas da classe dominante, de maneira positiva, visando um sistema com amplo funcionamento.

Como fonte antagônica, consolidaram-se os chamados "profetas do passado", que defendiam vigorosamente um retorno aos princípios medievais, acusavam os iluministas de terem destruído a sociedade e toda a ordem e estabilidade, acreditavam ainda que a Revolução Francesa seria um castigo divino. Estudiosos como Edmund Burke, Joseph de Maistre e Louis de Bonald entre outros, acusavam os ideais iluminados de deflagrar a organização e estruturas sociais, assim como a Revolução como progenitora do caos. Na visão conservadora não havia nenhum progresso, apenas o declínio nos novos tempos alicerçados na industrialização, no urbanismo, na ciência e no igualitarismo. Viam o enfraquecimento das instituições (família, igreja, corporação, etc.) como a representação da total perda da coesão social.

Os ideais conservadores foram o ponto de partida para a nova geração positivista, esta não mais buscava o retrocesso histórico para a época feudal, mas sim rever o pensamento conservador, somando a ele os interesses do novo sistema em ascensão, o capitalismo. Tendo como exemplos de seus representantes, Saint-Simon, Comte e Durkheim.

Saint-Simon tem destaque como um exemplar pensamento unificador, encontram-se nele fortes referências iluministas, porém influências