resumo artigo farmacologia

Digoxin’s roles in heart failure patients – An overview
Estêvão Lanna Figueiredo, Fabrício Pelluci Machado
Publicado em: Insuficiência Cardíaca. 2010, vol.5, n.2, pp. 59-64. ISSN 1852-3862.

Os glicosídeos cardíacos ou digitais tem desempenhado um papel extremamente importante no tratamento de doenças cardíacas, como arritmia e insuficiência cardíaca, há mais de duas décadas quando William Withering recomendou seu uso, em seu trabalho sobre a eficácia das folhas da dedaleira, a Digitalis purpúrea, até então, em 1775, utilizada no tratamento da hidropsia. Através dos estudos com a planta foram descobertos então os digitais, que hoje são fármacos do tipo inotrópicos, que potencializam os músculos cardíacos.
Atualmente, a digoxina é utilizada para pacientes com insuficiência cardíaca moderada ou grave, onde os IECAs e diuréticos não são suficientes, por isto são feitas misturas entre os 3 remédios, em doses específicas para cada paciente, onde cada um tem sua sobrevida melhorada quando associados. Além das drogas, vários procedimentos melhoraram a sobrevida em pacientes com IC, tais como terapia de ressincronização cardíaca (TRC), e cardioversores-desfibriladores implantáveis (CDIs). Ainda com a porcentagem reduzida de seu uso, de 80 para 30%, os estudos para o tratamento de IC ainda não são suficientes para extinguir o uso da digoxina. Essa droga tem meia vida ideal para uso tanto doméstico quanto ambulatorial, tendo 36 a 48 horas de meia-vida, e biodisponibilidade de até 80%. A aplicação pode ser oral ou intravenosa, dependendo do caso, por isso, entre os digitais, é o mais indicado.
A digoxina possui um efeito inotrópico positivo, ou seja, aumenta a força de contração do miocárdio, isto ocorre pelo fato da digoxina inibir a bomba de sódio/potássioATPase, quando a bomba de sódio/potássioATPase é inibida a concentração de Na+ aumenta no citoplasma ativando um trocador iônico de Na+/Ca+2, Na+ sai e Ca+2 entra, o Ca+2 se junta ao microfilamento ocorrendo a