RESUMO ARTIGO CIENTIFICO
CASTRO, Déborah Azenha de. Psicologia e ética em cuidados paliativos. Psicol. cienc. prof. [online]. 2001, vol.21, n.4, pp. 44-51. ISSN 1414-9893.
A ciência, nos últimos anos, principalmente na área da saúde, ampliou significativamente a expectativa de vida e bem-estar, ficando impotente, porém, diante da morte. É em relação ao fim da existência humana que surge a grande preocupação: que fazer com pacientes com doenças crônicas terminais, que se arrastam ao longo de um determinado tempo? A medicina e todas as áreas envolvidas com a saúde devem ser orientadas para o alívio do sofrimento. Estar preocupado em cuidar da pessoa doente e não somente da doença da pessoa. A dignidade da pessoa, portanto, é a fundamentação da nossa reflexão a respeito dos cuidados paliativos. Em 1967 foi criado por Cicely Saunders, médica inglesa, o primeiro centro de atendimento com características humanistas. Esses centros são denominados de hospices. O objetivo do hospice é permitir aos pacientes e suas famílias viverem cada dia de uma forma plena e confortável tanto quanto possível e ajudar a lidar com o stress causado pela doença, pela morte e pela dor de perda. Ter a preocupação com o ser humano e aliviar a sua dor, seja física ou emocional, é um dever do médico e da equipe que o esta cuidando. Assegurando esta atenção com palavras que retenha o desejo do paciente pela vida. A verdadeira questão ética está aí. A presença dos familiares do paciente terminal é muito importante para dar suporte emocional, moral e material a este. A presença do médico é também de igual importância para dar o suporte da possível reabilitação física. Para o paciente terminal uma das questões do medo da morte pode ser o domínio da dor, temem o sofrimento relacionado com o processo de morrer que ameaçam a integridade pessoal. Este sofrimento é pessoal. Está ligado aos valores da pessoa. A sua história de vida portanto, esta