Resumo AP2
Durante a década de 70, foram realizadas numerosas pesquisas sobre alfabetização na Europa, nos Estados Unidos e na
América Latina. Dentre as pesquisas realizadas destacamos a de Emília Ferreiro. Tais pesquisas deslocavam a discussão sobre alfabetização, mudando o foco da análise da professora que ensina e dos métodos e técnicas para alfabetizar.
Todas as crianças são sujeitos de conhecimento e, como tal, quando crescem em comunidades letradas, não permanecem indiferentes ao código escrito e constroem conhecimento sobre a leitura e a escrita, antes mesmo que algum adulto decida ensinar-lhe sistematicamente.
O uso cotidiano e sistemático de situações de leitura e de escrita em seu universo cultural marca, desde o primeiro momento, as explorações das crianças com relação à escrita e à leitura.
Ferreiro denominou de “AMBIENTE ALFABETIZADOR” o proposta de levar para a sala de aula um ambiente semelhante ao que as crianças vivem em seu cotidiano quando expostas a situações de leitura e escrita.
Uma boa parte dos professores vindas de uma experiência de organização de “cantos” estanques, separados, na escola de Educação Infantil traduziu a proposta para “canto de leitura”, sem que isso implicasse, de fato, a construção de novas práticas pedagógicas que contribuíssem para que as crianças se apropriassem da linguagem escrita.
A construção de ambientes alfabetizadores favoráveis à aprendizagem das crianças precisa tomar como base a relação leitura de mundo-leitura da palavra, procurando garantir que o processo de ensinar a ler e a escrever se torne um espaço de se “tomar a palavra”
A simples exposição de materiais escritos não garante um ambiente alfabetizador adequado. É preciso que haja interferência direta do adulto/professor na análise e exploração dos materiais disponibilizados.
Entende-se por Educação Infantil toda e qualquer educação destinada a criança com idade inferior à mínima exigida para o ingresso no Ensino