Resumo 1889

4646 palavras 19 páginas
CAPÍTULO 1 – O Príncipe e o Astronauta

O Cruzador Almirante Barroso partira do Rio de Janeiro em 27 de outubro de 1888 para uma jornada de aproximadamente dois anos, com o objetivo de circum-navegar o globo terrestre. Uma semana antes do Natal de 1889, ao atracar em Colombo, capital do Ceilão (atual Sri Lanka), o comandante do navio, o Almirante Custódio José de Mello recebeu um telegrama do Brasil informando que o país se tornara uma República. Veio também a instrução de trocar a coroa imperial, que ornamentava a bandeira nacional, por uma estrela vermelha, até receberem a nova e definitiva bandeira republicana.
Havia um segundo problema a resolver que seria a presença a bordo do segundo-tenente Augusto Leopoldo de Saxe-Coburgo e Bragança, mais conhecido como Príncipe Dom Augusto, filho da Princesa Leopoldina, neto do Imperador Pedro II, quarto colocado na linha sucessória do Império e uma das figuras mais importantes da hierarquia social brasileira.
Como o governo provisório republicano havia banido toda a família imperial do território nacional, Dom Augusto estava impedido de continuar a viagem como oficial da Marinha. Deveria desembarcar imediatamente. O telegrama exigia que ele pedisse demissão e informava, também, que tinha perdido não só o posto de oficial e o título de príncipe, mas a própria cidadania brasileira. Era naquele momento um homem sem pátria. Na mesma situação que, um século depois, encontrou-se um astronauta soviético, Sergei Krikalev, à deriva no espaço, quando recebeu a notícia de que seu país deixara de existir, a União Soviética.
O Príncipe Dom Augusto desembarcou do Almirante Barroso no dia 20 de dezembro no Ceilão, onde seguiu ao encontro dos familiares na França. Morreu na Áustria, 32 anos mais tarde, sem jamais ter pisado novamente em solo brasileiro.

CAPÍTULO 2 – O Golpe

O advogado campineiro, Francisco Glicério de Cerqueira Leite, que hoje dá nome à Baixada do Glicério, área degradada do centro da capital paulista, chegou

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