Resultados do artigo Era uma vez um sexto ano
Para os propósitos deste artigo, apresenta-se a seguir a análise de cinco núcleos de significação, que são: 1 – Assumir-se como autor é fazer emergir o sujeito singular; 2 – A imaginação mobilizada pela experiência dos jovens; 3 – Imaginação mobilizada pelas emoções; 4 - A imaginação na elaboração de emoções e sentimentos – a emoção real mobilizada pelo irreal; e 5 - O reconhecimento do potencial do sujeito mobiliza sua imaginação na construção de sua autoria.
1. Assumir-se como autor é fazer emergir o sujeito singular
Esse núcleo de significação resulta da junção de indicadores de sentidos que surgem do envolvimento dos jovens com o ato de contar as histórias, que são: a necessidade dos alunos de serem percebidos, considerados e escutados em seus saberes, experiências e necessidades. Esses sentidos podem derivar do modo como ocorrem as relações dentro da sala de aula, nas quais parece prevalecer a centralidade do professor e dos conteúdos, não havendo espaço para a expressão dos alunos, de suas singularidades e emergência como autores de suas histórias.
Para o autor, há duas possibilidades de ação para o indivíduo: sujeitar-se às várias ordens que institucionalizam os espaços de suas ações, ou ser capaz de criar alternativas particulares de socialização nesses espaços. No entanto, nas situações observadas na escola parece improvável a criação de oportunidades que facilitem a emergência do sujeito.
Desde o primeiro momento, a autora fez questão de saber o nome de cada um, para que sentissem que naquele espaço