Responsabilidade social

3.1 Redes colaborativas
Apesar da ampla utilização do termo redes de cooperação, não existe um consenso sobre a definição deste, sendo o que o próprio termo redes de cooperação não é sempre utilizado entre os pesquisadores, existindo variações como parcerias, coalisões, arranjos cooperativos, acordos colaborativos, dentre outros (PROVAN, FISH et al., 2007). As variantes terminológicas acompanham as diversas perspectivas assumidas pelos pesquisadores, havendo assim estudos com foco em uma ampla gama de temas adjacentes. Tais diferenças terminológicas, juntamente com a utilização de diversas teorias na análise de redes (uma vez que não existe uma teoria geral), resultam na fragmentação do campo, com estudos dispersos, pouco conectados, difíceis de comparar e sem acúmulo do conhecimento produzido (BELL, DEN OUDEN et al., 2006).
Dentre as teorias mais promissoras para o estudo de redes estão: teoria da dependência de recursos, teoria dos custos de transação, teoria dos jogos, teoria da complexidade e teoria da contingência (CAMARINHA-MATOS e ABREU, 2007). Porém, os estudos sobre redes colaborativas foram analisados com base em 17 diferentes teorias, não excludentes em um mesmo estudo, que são utilizadas por diversos pesquisadores para explicar e analisar as diversas perspectivas existentes em redes colaborativas (OLIVER e EBERS, 1998).
Vários tipos de laços presentes na formação de uma rede entre organizações foram identificados, sendo estes: múltiplos (no caso de VO e clusters) ou duplos (aliança entre duas organizações), verticais (cadeias de suprimentos) ou horizontais (clusters ou VO), de propriedade, contratuais, políticos e sociais (OLIVER e EBERS, 1998). Tal resultado sugere uma variedade de redes para pesquisa, podendo estas ser analisadas em diversos níveis. Apesar do amplo campo de pesquisa, apenas uma pequena parte dos estudos conduzidos buscam entender e analisar as redes ao nível da rede como um todo, privilegiando a pesquisa das redes em nível de