Resenhaz

1831 palavras 8 páginas
Rubem Alves busca caminhos como filosofia, antropologia e sociologia para entender o significado de religião. Ele inicia contando um pouco da história dos tempos em que a religião era o a base da sociedade, porém seu poder se enfraqueceu com o avanço da tecnologia e da ciência.
O autor fala dos animais e de como se adaptaram aos novos ambientes e usa essa relação para entender os símbolos religiosos, então passa ao homem dizendo que cria a cultura e seus símbolos e pergunta: “Poderão os símbolos, entidades tão débeis e diáfanas, nascidas da imaginação, competir com a eficácia daquilo que é material e concreto?”
A resposta é que o ser humano está em busca de sentido para sua existência, portanto transforma a realidade em um mundo cheio de símbolos que representam sentido para a vida. sentido.
Retomando sua análise de como a religião foi relegada a segundo plano no transcurso da história, o autor demonstra como ocorreu o exílio do sagrado. Na Idade Média os símbolos haviam alcançado tamanha importância na vida dos homens, a ponto destes não mais os discernirem da realidade concreta, o que ocorrera fora um fusão entre a visão de mundo dos hebreus e cristãos com as dos gregos e romanos.
Deus era o tema central na vida social e particular, os símbolos tinham a solidez das montanhas, uma civilização construída sobre as teias da fantasia mantinha-se por séculos, mas os homens começaram a fazer coisas não previstas no receituário religioso, faziam parte de uma classe intermediária na estrutura social: a burguesia. Desta classe surgiu uma nova atividade econômica que corroeu as coisas e os símbolos do mundo medieval. Apresentava uma nova visão de mundo baseada na utilidade, que só reconhece o lucro.
A condenação do sagrado era exigida pelos interesses da burguesia, a religião representava o passado e a ciência , por sua vez, alinhava-se ao lado dos vitoriosos, por isso: a ciência era a verdade. A ciência exigia a submissão do pensamento, a rigorosa objetividade, a

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