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9404 palavras 38 páginas
RESENHA SOBRE O CAPÍTULO III DE “POLÍTICA, CULTURA E CLASSE NA REVOLUÇÃO FRANCESA” – “AS IMAGENS DO RADICALISMO”.

HUNT, Lynn – “Política, cultura e classe na Revolução Francesa” – São Paulo – Companhia das Letras – 2007.

Resenha do Capítulo III – “As imagens do radicalismo”.

Neste trabalho, a autora traz a política para o campo cultural, mostra a cultura como parte inseparável da política e procura compreender o papel da mesma durante a Revolução Francesa, isso, levando em consideração a lógica da ação política e o contexto social da experiência revolucionária. Há como considerar a possibilidade da invenção da política por parte dos revolucionários, pois, a Revolução cobriu a política com emoção e simbolismo sendo que os valores, expectativas e regras expressaram e moldaram as ações coletivas.

Essa nova cultura tinha como objetivo romper com o passado para construir a base de uma nova unidade nacional e nesse processo, foram criadas novas relações sociais e políticas, com isso, surgiu uma nova ideologia. Para tanto, foi necessário destruir os símbolos existentes (da monarquia e da Igreja) e criar novos, que representassem a nova nação. Essa nova nação, a República, foi representada em selos, imagens, estátuas e festivais. As palavras também foram de grande importância no estabelecimento da cultura política, houve um aumento nas produções teatrais, nos jornais e canções. As palavras tiveram uma utilização ritualística; a linguagem revolucionária era um instrumento de mudança política e social.

Com a destruição de símbolos e figuras surgiu o problema da ausência de lideranças carismáticas, não havia uma figura que sacralizasse a política e com a rejeição do passado francês, houve a rejeição das figuras paternalistas da autoridade, ou seja, as figuras do rei e de Deus foram rejeitadas. No capítulo III, “As imagens do radicalismo” a autora trata desse aspecto, da destruição de símbolos e da criação de outros. Com a criação de uma nova identidade

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