Resenha

Resenha Ricardo Emílio Piglia Renzi nasceu na Argentina. Romancista, contista e roteirista, considerado um dos pesos pesados da literatura latino-americana. Um escritor preocupado com o romance como gênero literário e que se encontra no universo urbano de Jorge Luiz Borges, Julio Cortazar e Robert Arlet. Sua narrativa é classificada como metaficcção, devido as inovações na forma do texto intrinsecamente ligadas à própria trama dos romances. O texto de “Teses sobre o conto” é do livro “O Laboratório do escritor”, o livro é muito polêmico, é uma excelente introdução às posições teóricas de Ricardo Piglia. É um livro que discute os problemas de ficção no mundo contemporâneo e define as estratégias de escritor sempre interessado na intervenção critica. No texto Piglia divide as teses em onze pontos. No primeiro ponto o autor inicia com uma frase das notas de tchecov: “Um homem, em monte Carlo, vai ao cassino, ganha um milhão, volta pra casa, se suicida.” A partir daí ele passa a explicar que a forma clássica de um conto está condensa no núcleo da narração e que a escrita é estabelecida como paradoxo (jogar- perder- suicidar), em que no caso do o enredo procurará explicar a historia do conto e do suicídio, porque é a partir daí que definirá o caráter do conto. Penso que é preciso ter no conto essa curiosidade um ar de mistério eu traz o conto a despertar interesse na leitura. No segundo ponto, Piglia apresenta a primeira tese falando que todo conto sempre conta duas historias e contista deve saber montar essas duas historias em que uma historia visível (a historia 1) esconda uma historia secreta (historia 2) despertando o efeito de surpresa em que se produz quando o secreto se revela ao final. Isso torna o conto mais interessante, porem é preciso perspicácia do autor ao saber juntar essas duas historias. No terceiro ponto, o autor continua dizendo que cada historia que se junta em um conto é contada de maneira diferente e que isto significa trabalhar com