Resenha

Introdução

“Enterrem meu coração na curva do rio” (Circulo do Livro: tradução de Geraldo Galvão Ferraz; 1970) do historiador estadunidense Dee Brown surge em um momento épico para a historiografia, nos tensos anos da Guerra Fria, vindo a desmistificar a imagem dos nativos norte americanos, até então consensual e o modo em que se deu a colonização no território que hoje se compreende grande parte dos Estados Unidos da América. Segundo Carr, “tanto o homem como a sociedade mudaram, e mudaram pelo esforço humano consciente, aos nossos próprios olhos. […] Educadores em todos os níveis estão hoje em dia [em meados do século XX] cada vez mais conscientemente preocupados em contribuir para reformar a sociedade segundo um molde específico e em inculcar na nova geração atitudes, lealdades e opiniões apropriadas àquele tipo de sociedade a política educacional é parte integrante de qualquer política social e racionalmente planejada.”1, assim muitos historiadores destacaram não só grandes e poderosos personagens mas também as minorias, utilizando em seus trabalhos outras ferramentas de pesquisa como a história oral. Por conseguinte, a obra de Dee Brown conta o processo de expansão colonial no oeste dos Estados Unidos na perspectiva do índio, sendo uma das fontes relatos dos próprios colonizados. “Enterrem meu coração na curva do rio” chocou a sociedade estadunidense ao confrontar a ideia da qual os filmes de faroeste mostrara, o índio como bandido, pagão e selvagem e trouxe a tona os massacres indígenas para progresso da nação e sua ilegitimidade.

Resumo

A narrativa de Dee Brown trata da colonização que se expande para o oeste dos Estados Unidos, especificamente, e de como os interesses dos colonos se chocaram com os direitos dos índios. A princípio o choque entre colonos ingleses e nativos americanos não causara tamanho sofrimento para os povos como viria a ser, o autor afirma até certa pacificação nas relações entres ambos e apesar de alguns temerem, como os