resenha

Resenha - Senso comum e a Ciência- Rubem Alves – Filosofia da Ciência

Os cientistas são considerados mitos, o que não é muito bom, pois as pessoas se veem libertadas das obrigações de pensar, já que tem alguém para fazer primeiro. Apesar dessa cultura de que os cientistas são mais inteligentes, é necessário acabar com esse mito de que eles pensam melhor do que as outras pessoas. O fato de uma pessoa saber fazer tal coisa com maior habilidade não o a torna mais capacitada na arte de pensar. Os cientistas são como pianistas que resolvem se especializar em certo tipo de música, serão ótimos na sua especialidade, porém, não saberão fazer as demais, a mesma coisa ocorre com os cientistas, se especializam em uma só técnica.
Essas especializações, às vezes, podem ser uma fraqueza, pois quando se estuda apenas um ramo, perdem a capacidade de compreensão dos demais ramos, como exemplo, um animal que se especializa nos olhos será um gênio no mundo das cores e formas, porém, a audição e odores serão prejudicados e isso pode ser fatal para a sua sobrevivência. Fazendo analogia, a ciência é uma especialização de potenciais comuns a todos. Com isso, a ciência é a hipertrofia de capacidades de todos. Ciência e senso comum estão sempre juntos, começando pelo fato de que só possível ensinar e aprender ciência partindo do senso comum que a pessoa dispõe. Aprendizagem é a manutenção e modificação de capacidades ou habilidades que a pessoa já possui e com a prática ela se torna cada vez mais qualificada em tal ramo. Aprendizagem, então, é o refinamento de uma habilidade que a pessoa já possui. A palavra senso comum foi criada por pessoas que consideravam ter um senso comum, se julgam acima, se consideram intelectualmente superiores as que não têm um senso comum. Um cientista se refere ao senso comum, como aquelas pessoas que não passaram por um estudo e treinamento cientifico. Um exemplo bem simples é a dona de casa, a compra e a oferta de comida é regulamentada por fatores