resenha

Como mostrado pelo autor em “A administração entre a tradição e a renovação” (Omar Aktouf, 1996), o termo “Administração” é a divisão, organização e execução de diferentes tarefas voltadas a umobjetivo comum. Esta definição vem da revolução industrial, em que o antigo modelo de produção individualizado e artesanal da lugar a uma produção ordenada em que a evolução individual esta atrelada arecompensas materiais, em que o retorno financeiro é a recompensa pelo esforço.
Desta época até o presente, tal definição tem sido posta em prática e estudada de forma a que cada divisão de tarefas deulugar a tantas outras e, cada uma vem sendo exaustivamente estudada para se obter o máximo de desempenho, sendo os indivíduos como ferramenta e combustível para o objetivo da organização. O autor nosincita a rever este conceito.
Ele nos mostra que as políticas e ideias das empresas e de seus dirigentes estão tão enraizados em nossa cultura e o modelo de gestão tão difundido que, de acordo com omesmo, nosso objetivo de ganho a curto prazo é uma falácia no que tange o termo “realização de objetivos”, já que os custo para tal obtenção são: a possibilidade de um futuro melhor, a realizaçãohumana e a possibilidade da verdadeira realização a todos que participam da cadeia alem do nosso ecossistema.
O autor traz a luz questões como desprezo ao próximo e aos recursos naturais e questiona alegitimidade com que a obtenção de lucros tem sob o enfoque da honestidade, quando o senso de utilidade não é mencionado ou buscado. O biólogo Hopkins (1985) é citado dizendo que os estragos a longoprazo causados pelo atual modelo de gestão são impossíveis de enumerar e definir.
O autor enumera algumas heranças da por ele chamada de “administração tradicional”, como o prestigio e privilégiosdeferidos aos dirigentes e sua dificuldade em abdica-los em prol de um modelo mais sustentável, a confiança ilimitada na solução técnicas de problemas e a manutenção da mínima especialização dos