Resenha

DEZ DIAS DE AVENTURA
OLÁ! BOM CAMINO!
Esta saudação é comum aos Peregrinos de todas as nacionalidades que fazem o Caminho de Santiago de Compostela. Maria Amélia tinha proposto “Bom caminho”. Depois acrescentamos a palavra “olá” para completar a expressão e usar como título do relato da nossa Caminhada.
Esse relato não tem a pretensão de ser um guia para o Peregrino. Não é essa a nossa intenção. Mesmo porque fazer o Caminho é uma experiência una. Parte de cada pessoa. Inclusive os objetivos. Uns fazem com sentido religioso. Outros com visão mística e alguns, por simples espírito de aventura. O nosso objetivo é socializar nossa experiência naquilo que possa ajudar as pessoas que pretendam fazer o Caminho Português de Santiago Compostela pela primeira vez.
Dividimos em duas partes. A primeira, coube a Maria Amélia, minha companheira e companhia solidária nessa maravilhosa experiência, com a sensibilidade própria das mulheres, falar sobre a nossa experiência. A segunda, intitulada “Diário de Bordo”, corresponde à descrição do dia-a-dia da nossa caminhada, a partir das anotações feitas.
ACREDITAR É PRECISO
Foram dez dias de superação em que, ao final de cada jornada, podíamos dizer que cumprimos mais uma etapa e estamos preparados para a seguinte, com a certeza que teríamos força para vencê-la.
O Caminho exerce nas pessoas um fascínio e um arrebatamento inexplicável. Você chega ao final da jornada diária exausto com as mazelas da caminhada. Pés ardendo, corpo dolorido pelo peso da mochila. Você acha que não vai conseguir continuar no dia seguinte. Depois de um bom banho. Um passeio pela cidade e o encontro com os Peregrinos com quem fizemos amizade pelo caminho, toma-se um bom vinho e o entusiasmo retorna e já estamos prontos para, na manhã seguinte, botar o pé na estrada.
No trajeto encontram-se histórias curiosas como os ricos cemitérios privados com túmulos construídos em mármore e granito ao lado das Igrejas. É quase uma dezena deles. Alguns têm