RESENHA: “OS SIMPSONS: O FILME”

RESENHA: “OS SIMPSONS: O FILME”1

“Os Simpsons: o Filme” é um cômico de animação norte-americano de 2007, dirigido por David Silverman. Sendo originalmente um seriado americano, criado por Matt Groening, “Os Simpsons: o Filme” mostra o cotidiano de uma família americana vivendo diversas situações da realidade social, evidenciando, acima de tudo, temas polêmicos. O desenho trata de forma intensa algumas práticas da sociedade contemporânea e promove uma sátira acerca da estrutura tradicional das famílias de classe média americana. Desta forma, o filme permite que se possa compreender os fenômenos sociais, caracterizando-se como um tipo popular e peculiar de entretenimento: o entretenimento baseado na ridicularização da própria sociedade.
De acordo com Keslowitz (2007) o seriado “narra a vida de uma família comum da classe média e suas reações com o mundo que as cerca” (2007, p. 219). Já para Conard, trata-se de uma “sátira social, um comentário a respeito da sociedade contemporânea” (2009, p. 80). Desta forma, é possível cruzar o filme com o pensamento marxista, no que diz a respeito ao debate sobre classes sociais e o comportamento da sociedade contemporânea. Através de críticas implicitadas, um dos temas centrais de “Os Simpsons: o Filme” é a sua revolta constante contra o autoritarismo. De acordo com Kohn (2010), isso se dá “porque o desenho questiona constantemente o sistema, seja ele governamental, administrativo, educacional, de saúde ou familiar”. Keslowitz defende que os personagens do desenho “nos ensinam a não tomar como certa qualquer reivindicação ou intento” (2007, p. 33). Utilizando a realidade sem máscaras, o desenha busca fazer com que as pessoas se tornem membros críticos da sociedade, contribuindo para se tornarem agentes de mudança.
No início do filme, isto é, após uma sequência inicial produzindo uma sátira política ácida com simples ratos como protagonistas, Homer chama todo mundo de otário. Apontando para a audiência, ele adverte que