Resenha "O patrimônio em construção e o conhecimento histórico" de Zita Rosae Possamai

O texto de Zita Rosane Possamai traz a tentativa de construção de uma noção de patrimônio, juntamente com a discussão de aspectos para a compreensão de tal. A autora começa já traçando dois aspectos para a compreensão de patrimônio: O primeiro, cujo objetivo se direciona para as políticas de preservação, o patrimônio é pensado em políticas culturais de instituições públicas ou privadas junto com a fixação de grupos sociais distintos que se relacionam, ou seja, podemos usar a palavra “objetos” a serem conservados (prédios, artefatos, obras, espaços, etc.) como palavra-chave. O segundo, já uma coisa mais abstrata, tenta achar um sentido para o patrimônio. Primeiramente, Possamai tenta distinguir monumento de monumento histórico, usufruindo das palavras de Froinçoise Choay para explicar que a função de Monumento mudou através dos séculos, tendo em seu início função vitalícia para a identidade de uma sociedade, através (principalmente) da afetividade, marcando a memória com algo que definisse o seu passado. Com o tempo, essa função memorial vai sendo deixada de lado, e nas sociedades desenvolvidas ocidentais essa função memorial vai sendo implementada ao Monumento Histórico. Ainda a partir de Choay, explica que a diferença entre os dois, é que monumento foi criado anteriormente para uma relação da memória e o presente dos indivíduos e monumento histórico é criado após a construção, tendo início no momento em que ela é preservada. Após essa diferenciação, Possamai se expande até a origem da palavra “monumento”, que se deu por volta do século XIX na França, e tem uma ampliação de forças de proteção através de antiquários em busca de conhecimento sobre Grécia-Roma antiga. Ainda nesse âmbito de surgimentos e mudanças desde o primórdio de patrimônio e monumento, visto que nosso modelo atual de pensamento foi concebido por volta do