Resenha A L GICA TERRITORIAL DO CAPITALISMO HIST RICO

A LÓGICA TERRITORIAL DO CAPITALISMO HISTÓRICO. Adam Smith em Pequim. Giovanni Arrighi Não tem como falar de capitalismo sem definir o que é imperialismo. Harvey esclarece que há vários significados para a palavra, sendo o significado mais geral a “extensão ou imposição do poder, autoridade ou influência de um Estado sobre outros Estados ou comunidades sem Estado”. Assim, se pode então começar a tecer a lógica territorial do sistema capitalista de uma fusão dialética do imperialismo capitalista. A definição do imperialismo capitalista para Harvey se baseia nesta fusão contraditória de dois componentes: Política de Estado e de Império, que se refere às estratégias políticas, diplomáticas e militares invocadas e usadas por um Estado na luta para fazer valer seus interesses e atingir seus objetivos no mundo em geral. Essa luta é impelida por uma “lógica de poder territorial”, lógica na qual o controle do território e de seus recursos humanos e naturais constitui a base da busca pelo poder, e, os processos moleculares de acumulação de capital no espaço e no tempo, que se refere ao fluxo de poder econômico através do histórico contínuo, rumo a entidades territoriais e para longe delas pela prática diária de produção, trocas, comércio, fluxo de capital, transferência de dinheiro, migração de mão-de-obra, transferência de tecnologia, especulação monetária, fluxo de informações, impulsos culturais e assemelhados. Tendo em vista que esta é a lógica do poder capitalista, onde o controle do capital econômico constitui a base da busca de poder. Após a definição de tais poderes de hegemonia, pode-se focar no papel hegemônico que os Estados Unidos tiveram até 1970, quando sua hegemonia mundial começa a desestabilizar, já que os presidentes não conseguem encaixar em sua esfera o poder político, ocupação de lugares/territórios e a acumulação de capital sem limites. Então, já no século XXI o que vemos é o poder norte-americano não mais hegemônico, que mesmo contando com