Resenha a partir do livro: O Arco-Íris (Des)Coberto
Uma breve introdução
Em síntese o livro de Guilherme Rodrigues Passamani, O Arco-íris (Des)Coberto, mote principal deste trabalho, é um recorte de uma longa caminhada em pesquisas sobre o tema das homossexualidades, que culminaram na sua dissertação do mestrado em História Latino Americana (MILA), na Universidade Federal de Santa Maria. Aqui ele esmiúça o tema da homossexualidade masculina entre militantes e não-militantes nas cidades de Buenos Aires e Rosário na Argentina, e em Porto Alegre/Brasil.
E se uma boa obra literária começa pela cara, metáfora do título me parece interessante para a discussão que perpassa todo o livro. Qual seja? A da visibilidade ou não visibilidade dos sujeitos que vivenciam a homossexualidade, através de símbolo homossexual que é a bandeira com as cores do arco-celeste.
Segundo o próprio autor seu livro, busca responder uma questão em especial: em que medida as identidades regionais atuam como inibidoras da prática militante entre homossexuais masculinos de Porto Alegre e Buenos Aires? (pg, 44)
O trabalho é dividido em dois grandes blocos: o arco-íris coberto e o arco-íris descoberto. Na primeira parte, o autor discute os passos da pesquisa além dos sujeitos propriamente da sua pesquisa. Também faz um recorte histórico de uma vasta produção que tem por tema a homossexualidade. E por fim nos apresenta a audaciosa construção de um novo conceito: o das homossexualidade reservadas (que será aprofundada e discutida no decorrer próximo destas linhas). A segunda parte, além de um apanhado bibliográfico sobre os movimentos sociais, Passamani, finalmente nos apresenta de forma clara, as estratégias de militância de alguns grupos de luta homossexuais, além de promover um debate sobre as possíveis causas da não-militância de alguns sujeitos da pesquisa. Também aqui, o autor nos apresenta alguns avanços conquistados pelo movimento homossexual nos dois países em pauta.
Algumas questões para discussão