Resenha "A estrutura das revoluções científicas" - cap. 1 e

856 palavras 4 páginas
Na obra “A Estrutura das Revoluções Científicas”, Thomas Kuhn propõe ele próprio uma revolução na forma como estudamos a ciência. Fugindo um pouco dos debates entre indutivistas e dedutivistas, ele traz uma análise mais ampla do fazer científico, preocupando-se menos com a escolha de um método e mais com a dinâmica histórica da acumulação do saber científico, nos apresentando alguns fatores subjetivos que influenciam as pesquisas. Se considerarmos o conceito de epistemologia proposto por Karl Popper, talvez a obra de Kuhn não pudesse ser enquadrada nessa ciência. Isso porque Popper defendia que a epistemologia deve se focar na análise dos aspectos lógicos do fazer científico, no reconhecimento de um método que fosse logicamente mais coerente para guiar e justificar a ciência. Os aspectos subjetivos, que dizem respeito ao surgimento de novas ideias, deveriam ser matéria para a psicologia. Mas o fato é que há subjetividade envolvendo tanto o momento da descoberta, quanto o momento da justificação, e, por mais importante que seja o estudo da lógica, uma epistemologia que saiba equacionar outros elementos além dela, como a de Kuhn, só tem a acrescentar a nossa compreensão. Estudar a ciência dentro de um contexto nos possibilita ampliar nosso campo de visão. Um dos conceitos trazidos por Kuhn que nos permite melhor entendimento sobre a historicidade da ciência é do paradigma científico. Um paradigma é uma matriz teórica a partir da qual uma comunidade científica produz, isto é, um corpo de teorias consensualmente aceitas pelos cientistas de uma área que serve de base para a realização de novas pesquisas nessa área. Essa é a dita “ciência normal”. Mas esse paradigma não é fixo, pelo contrário, altera-se de acordo com cada nova descoberta que o contrarie. Essas alterações podem ser meros ajustes ou mudanças graves, até mesmo a substituição do velho paradigma por um novo, mas todas consistem em revoluções científicas, de maior ou menos alcance. O paradigma aceito

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