Resenha Veias Abertas da América Latina

REFERÊNCIA COMPLETA: GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Tradução de Galeno de Freitas. 39ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 307p. Título original: Las venas abiertas de America Latina. (Coleção Estudos Latino-Americanos, v.12).

INTRODUÇÃO

Eduardo Germán Hughes Galeano, nasceu em 3 de setembro de 1940 na capital uruguaia, Montevideo. Autor renomado, com mais de 40 livros traduzidos para diversos idiomas, combina os estilos político, histórico e até ficção em suas obras. Durante a adolescência trabalhou como mensageiro, datilógrafo e caixa de banco, entre outros empregos não usuais; e, aos 14 anos publicou sua primeira charge de caráter politico em um jornal do Partido Socialista Uruguaio.
Entretanto, sua carreira jornalística iniciou, de fato, na década de 1960 como editor do jornal “Marcha”. Em 1971 pulicou sua obra prima “As veias abertas da América Latina” foco deste trabalho e com o golpe militar em seu país em 1973 foi forçado a se exilar na Argentina, retornando somente 12 anos depois com a redemocratização do Uruguai.
Com “As Veias Abertas da América Latina” Galeano denúncia o banho de sangue feito na América para financiar o desenvolvimento europeu. O livro retrata o processo histórico de opressão latino-americana desde o descobrimento do continente Americano até a época contemporânea. De cunho social, político e histórico essa obra é reconhecida mundialmente por trazer uma nova visão do processo decorrente de transferência de riqueza e exploração do “novo mundo”.
O presente trabalho tem o objetivo de analisar o livro “As Veias Abertas da América Latina”, evidenciando o processo histórico da formação sociocultural da América Latina considerando o caráter político e de denuncia presentes na obra. Desse modo, considera-se a divisão feita pelo próprio autor do livro em duas partes: a primeira que relata a exploração portuguesa e espanhola de uma América colonial e indígena; e a segunda que começa com os ciclos econômicos