Resenha um estranho no ninho

O filme “Um estranho no ninho”, dirigido por Milos Forman e Michael Berryman e gravado em 1975, conta a história de Randle McMurphy (Jack Nicholson), um presidiário que é transferido para uma clínica psiquiátrica para ser examinado. Entre os pacientes, são mais notáveis o “Chefe”(Will Sampson), um índio supostamente mudo e Martini (Danny Devito). Desde o início do filme, é notório o atrito criado entre o comportamento deste diferente e novo paciente e as enfermeiras e o modelo da clínica psiquiátrica. McMurphy não aceita os métodos impostos e tenta, por vezes, corromper a forçada paz do local. Ele chega a fugir com todos os pacientes da clínica e os levar para pescar. Ao retornarem à clínica, Randle e o chefe são submetidos a uma pesada sessão de eletrochoques, como punição. Com a monótona rotina dentro da clínica, randle bola uma idéia para fugir de lá. Porém a situação foge do controle dele ao adormecer enquanto esperava um dos pacientes ter relações com sua amiga. As enfermeiras chegam e vêem o ocorrido e após pedidos negados do paciente a enfermeira para ela não contar à sua mãe, o próprio se suicida desencadeando em uma tentativa de homicídio de McMurphy à enfermeira. O final do filme é surpreendente, o chefe fala para McMurphy que está pronto para fugir, porém como este está limitado pelos medicamentos ele acaba ficando calado. O chefe então afirma que não abandonaria ele ali naquele estado e acaba o matando com um travesseiro e fogindo da clínica.
A temática do filme vai além do questionamento sobre a possível loucura de McMurphy. O que está implícito durante todo o enredo são questões sobre o estatuto designado à loucura e a dimensão social de um diangóstico de loucura na vida de um indivíduo. Essas questões se desenvolvem de uma forma peculiar e é interessante analisar detalhes do enredo que nos levarão a uma reflexão mais profunda e a um entendimento maior do que ali está proposto.
É a partir do primeiro contato do ex-presidiário com o hospital que o