Resenha: theret, bruno. os três estados da moeda: abordagem interdisciplinar do fato monetário. econ. soc. [online]. 2008, vol.17, n.1, pp. 1-28.

1007 palavras 5 páginas
Universidade Estadual de Campinas
CE131 D - Introdução à Economia para Ciências Sociais
Seminário: Os três estados da moeda – Abordagem interdisciplinar do fato monetário, de Bruno Théret.
Grupo:
Ana Luíza Provedel Carvalhaes 101453
Bruno Borges de Oliveira 108059
Pedro Martins Vicente 082490
Rafael Francisco Suffi 108241
Victor de Carvalho Ramon 105757
Thiago Menezes Pereira 097735

O artigo faz uma análise interdisciplinar da moeda, desprendendo-se dos conceitos tradicionais que a definem apenas como “instrumento econômico de trocas mercantis”. Entendendo que a moeda representa a totalidade social e possui uma natureza de operadora de classe, presente na maioria das sociedades, o estudo abrange áreas como a economia, sociologia, antropologia e história. Ao decorrer do texto faz-se uma divisão da moeda em três estados que representam sua manifestação múltipla no mundo, são eles “sistema de símbolos”, “sistemas de objetos” e “sistema de regras”.
A primeira parte consiste em definir um tripé de sustentação da moeda, a Dívida, a Soberania e a Confiança. O autor baseia essas ideias principalmente na obra La monnaie souveraine de Michel Aglietta e André Orléan.
Ao falar da moeda como expressão da dívida, entende-se que a sociedade em que a moeda se insere é uma trama de dívidas e créditos. A moeda seria, portanto, uma forma de mensurar e quantificar essas relações sociais e constituem a sociedade. Surge aí a noção de “capital de vida” que consiste no conjunto de relações de transação que uma pessoa acumula durante sua vida e cria uma circulação de dívidas, dívidas de vida.
O conceito de soberania nesse contexto trás a moeda como uma forma de imortalizar essas dívidas de vida presentes numa sociedade, as relações monetárias transcenderiam a barreira entre a vida e a morte e se perpetuariam como algo exterior a noção de indivíduo. A soberania política legitimada e não divina imortaliza o grupo, a dívida de vida não morre mais junto com a pessoa que a

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