Resenha texto Quando Ler é Fazer

790 palavras 4 páginas
O texto “Quando ler é fazer: a enunciação no discurso da imprensa escrita” foi escrito por Eliseo Verón e faz parte do livro Fragmentos de um Tecido. O texto inicia-se traçando uma linha histórica da semiologia: a “primeira semiologia” é a dos anos de 1960 e o autor a caracteriza como sendo imanentista, nessa fase os semiólogos preocupavam-se em estudar apenas a mensagem e não estudava-se o emissor e o receptor. O segundo período, anos 1970, o foco passa estar também no emissor e a última fase o que Verón coloca é uma projeção para os anos 1980 onde o foco seria no receptor.
Verón caracteriza dois conceitos principais durante o texto: a enunciação e o enunciado. Segundo o autor, a enunciação é o modo como o discurso é dito e o enunciado é o conteúdo em si. Verón ilustra essa diferença com uma sentença fácil, “Pedro está doente” e “creio que Pedro está doente”, o conteúdo das duas frases é o mesmo, portanto o enunciado é igual, trata-se da doença de Pedro, entretanto a forma como as frases foram elaboradas é distinta então podemos afirmar que a enunciação é diferente.
Essas modalidades do dizer moldam o que o autor chama de dispositivos de enunciação, esses dispositivos estão em qualquer discurso e no caso da imprensa escrita é chamado de contrato de leitura, um contrato entre escritor e leitor, e deve-se analisar três coisas: a imagem que o receptor tem do enunciador, a imagem que o enunciador tem do receptor pois isso irá ditar a maneira como o texto será escrito para aquele público e a relação entre os dois.
Após a explicação sobre o que é enunciação, o autor apresenta as variações enunciativas. Verón traz exemplos de como o mesmo conteúdo pode ser apresentado de diferentes formas. Para isso o autor utiliza revistas femininas pois todas elas tratam basicamente dos mesmos assuntos porém cada uma tem suas próprias características que as diferenciam.
É possível encontrar três tipos diferentes de enunciação nos exemplos citados no texto. O primeiro é o

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