Resenha sobre o livro áfrica parceira do brasil atlântico: relações internacionais do brasil e da áfrica no início do século xxi

4763 palavras 20 páginas
A ÁFRICA RENASCIDA ENCONTRA O BRASIL GLOBAL

[Resenha sobre o livro do autor e professor José Flávio Sombra Saraiva: África parceira do Brasil atlântico: Relações Internacionais do Brasil e da África no início do século XXI]

Apresentação A transição da ordem internacional da Guerra Fria, cujo caráter dicotômico é nitidamente traçado, para a governança sincrética do início do século XXI, de contornos difusos, determinou ao mundo o desafio da formulação de novos paradigmas ou de novas regras de condução das relações internacionais que, por sua vez, se adequassem melhor às demandas dos eventos em curso. Reflexões acerca do “end of history”, proposto por Fukuyama, ou do “mundo plano” de Friedmann animaram debates acadêmicos, políticos e econômicos ao final do século XX, lançando profecias em torno da garantia de governança global pelo Norte, enquanto o Sul permanecia relegado ao papel de área de influência do centro desta nova ordem internacional, pelo menos no discurso destes pensadores. O cenário que se emerge à primeira década do século XXI, no entanto, é outro. Suas demandas, melhor representadas por trabalhos como os Fareed Zakaria (em The Rise of the Rest) e de Henry Kissinger (em On China), estão voltadas para as transformações estruturais que, segundo Sombra Saraiva (2012), “puxaram o mapa econômico global para o sul e o poder político, em parte, para o Pacífico”. O momento é marcado pelas coalizões ao sul. Os BRICS e o IBAS são exemplos desta tendência que se acentua e caminha em direção à cooperação horizontalizada, em contraposição àquela pautada nas interações Norte-Sul. Entre os avanços destas economias emergentes ao sul do globo, um merece destaque em meio à crise econômica que se alastra e aos condicionantes históricos, políticos e sociais da região. O continente africano, e em particular a África Subsaariana, tem obtido crescimentos econômicos anuais na faixa de 5,5% de seus produtos internos brutos, entre 2001 e 2011. Estes dados se aliam

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