Resenha sobre a reportagem "excluídos por opção" Socioantropologia

Socioantropologia, Cultura e Escola

Análise crítica sobre a reportagem “Excluídos por opção” pela jornalista Lucrécia Zappi, publicada no folha teen de 19-09-2005.

Entendendo-se por etnocentrismo uma tendência a considerar ou priorizar apenas os valores da própria cultura ao entrarmos em contato com outra, podemos perceber uma visão e um pensamento extremamente etnocêntrico da jornalista Lucrécia Zappi em sua reportagem à revista teen, publicada na folha em dezenove de setembro de dois mil e cinco.
A matéria intitulada “Excluídos por opção” faz referência à cultura cigana, e ao modo como eles vivem, que segundo a jornalista de maneira “precária, transparecendo a pobreza”. Em toda a reportagem, ela descreve a cultura cigana como sendo irregular, precária, ilegal, relatando-nos suas características de forma a denunciá-la como “fora da lei”. Vemos que a jornalista discrimina-os pela sua condição social, pelos seus diferentes hábitos ou manias, pela suas formas de ver a vida, enfim, pela sua própria cultura.
Podemos claramente enxergar nessa reportagem a dificuldade da jornalista de pensar a diferença, e de ver o mundo com os olhos do outro, ela se esquece que eles possuem suas crenças, suas leis, suas artes, seus costumes, nos deixando à mostra sua postura etnocêntrica em relação à uma cultura em que a maneira de pensar e o modo de agir, diferem da sua.
Baseado nesse contexto, podemos considerar a escola como de fundamental importância no convívio das diversidades culturais, ela assume ou deveria assumir, desde seus níveis iniciais, o papel de promover a tolerância e o respeito entre as diferenças, contribuindo assim para cidadãos sem preconceitos e discriminações, relativizando todos os aspectos necessários à essa formação, e consequentemente formando seres humanos capazes de lidarem com as diferenças sem julgá-las ilegais ou inferiores.