Resenha sobre a Crítica da Razão Pura

No prefácio à segunda edição do seu livro Crítica da Razão Pura, Kant faz uma denúncia de como a filosofia estava ficando vã. Ele aponta os principais problemas da Metafísica como o dogmatismo clássico e as deficiências que a ciência andava passando. Ele usa como exemplo ciências mais bem sucedidas do que a Metafísica, aponta fracassos ao longo do tempo, um pequeno progresso que aconteceu não comparado com o das ciências bem sucedidas que passaram por um longo processo até chegar no caminho seguro ou via segura das ciências.
Kant elabora comentários a respeito das ciências bem sucedidas, elas são a Lógica, Matemática e a Física. Essas consideradas por Kant bem sucedidas, por causa das revoluções e do sucesso. Mas nem sempre foi assim, houve momentos que elas não eram seguras, nem sempre estiveram no "caminho seguro". Elas produzem conhecimento a priori pois se ocupam unicamente com os fenômenos, já a metafísica, ocupa-se com as coisas em si, como o absoluto. Logo, é incapaz de produzir conhecimento a priori, afirma Kant que a metafísica continua em grande tatear caminhando por entre uma grande confusão de conceitos. Kant deixa claro que, assim como a Metafísica, as ciências bem sucedidas também "tateavam às cegas". Ele então mostra, como elas encontraram seu rumo, não antes de passar por revoluções radicais na maneira de pensar.
Há então evidências de que a lógica "tenha entrado nesse caminho seguro desde os mais remotos tempos". Pois consiste desde de Aristóteles, a lógica não deu nenhum passo para atrás, mas da mesma forma explica Kant que ela também não pôde "dar um passo sequer adiante". Essa limitação não se torna prejudicial ou desvantajosa para a lógica. Essa limitação faz da lógica uma ciência "concluída e completa".
Semelhante a lógica a matemática, "entrou no caminho seguro", já nos tempos mais remotos. Quando surgiu no Egito antigo ela também tateava ás cegas, só na Grécia Antiga que ocorreu uma revolução, para qual a matemática pudesse achar o rumo