Resenha sobre as três primeira meditações da obra "Meditações Metafísicas" de René Descartes
Na primeira meditação, Descartes indaga a possibilidade de haver verdade alguma. Para isso, ele lança o princípio da dúvida hiperbólica, ou seja, que pode duvidar de tudo. Descartes começa a falar sobre as incertezas dos sentidos. Para validar a hipótese de duvidar de tudo, dispõe de três argumentos: (1) argumento sobre os erros que os sentidos fornecem; (2) argumento sobre a verossimilhança do sonho com o estado de vigília (acordado); (3) possibilidade de um Deus enganador ou Gênio Maligno que engana.
No que diz respeito à semelhança do sonho com o estado de vigília, Descartes apresentar sentir dificuldade de acreditar que alguns de seus movimentos não sejam reais, mas ele reconhece que já foi enganado por sonhos. Posteriormente, Descartes faz diferença entre sonho e vigília, pois o sonho é fruto daquilo verdadeiro, como a vigília.
Ainda não confiando nos sentidos para obter conhecimento verdadeiro, Descartes cita a Matemática como uma “disciplina” possuidora de verdades, já que se fundamenta na razão, pois o conhecimento racional funciona tanto no sonho como na vigília.
Descartes tem a opinião de que existe um Deus criador e poderoso. Contudo, não necessariamente o que vemos da sua criação realmente existe, mesmo que achemos isso - talvez Deus tenha planejado que nos enganemos (Deus Enganador). Então, Descartes diz que pode duvidar de tudo - a dúvida é universalizada. Colocar as coisas em dúvida ao invés de aceitá-las em primeira instância pode levar a um caminho mais seguro no que diz respeito a conhecê-las.
Para Descartes Deus enganador e Gênio Maligno são diferentes. O gênio maligno é "um artifício psicologico que impressiona a imaginação, assim, levá-o a duvidar mais seriamente” (DESCARTES, 2004). O gênio maligno pode ser tudo o que se vê. Então, Descartes afirma que não necessariamente pode chegar a uma verdade (principalmente no que diz respeito aos sentidos), mas que pode duvidar.
Meditação segunda
Na segunda meditação,