Resenha Sexualidade masculina, gênero e saúde
1. CREDENCIAIS DO AUTOR: Romeu Gomes é mestre em Educação, doutor em Saúde Pública, pesquisador do Instituto Fernandes Figueira - unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e editor da Revista Ciências & Saúde Coletiva. Outras obras: GOMES, Romeu. A saúde do homem em foco. São Paulo: Editora Unesp, 2010. (Saúde e Cidadania)
2. INTRODUÇÃO:
No capítulo 2, "Um panorama sobre a saúde do homem", Romeu Gomes dedica-se a discutir os aspectos que envolvem a construção social de gênero com os a preocupação relativas a saúde, analisando um conjunto de dados a partir de perspectivas que interrelacionam a sexualidade masculina e a influência de modelos de masculinidade com os cuidados primários de saúde adotados, englobando-os em dois grandes eixos: A maior taxa de mortalidade entre homens por fatores externos e a relação desses indivíduos com o serviço de saúde. Em síntese, desprende-se que, em linhas gerais, os homens vivem menos que as mulheres, apresentando taxas de mortalidade superior por quase todas as causas e tendem a procurar os serviços de saúde de forma menos frequente e mais tardia, indicando a baixa preocupação com a prevenção de doenças. Partindo da construção da masculinidade como um fator social que passa pelo trabalho, onde o homem, a grosso modo, assume a posição de "macho provedor", indispensável ao sustento doméstico, pela sexualidade que possui grande influência nas relações intergêneros e influencia diretamente a disseminação de doenças como a Aids, em que a população masculina atua como transmissor direto ou indireto da patologia e, pela definição de papéis no interior da sociedade de