Resenha: sacrificio humano, poder e ideología en la cultura moche

BOURGET, Steve. SACRIFICIO HUMANO, PODER E IDEOLOGÍA EN LA CULTURA MOCHE. In: LÓPEZ LUJÁN, Leonardo; OLIVIER Guilhem (coor.). El sacrificio humano en la tradición mesoamericana. México: Instituto Nacional de Antropología e Historia: Universidad Nacional Autónoma de México, 2010. págs. 577-597.

Neste texto, de Steve Bourget, já fica claro na introdução seus objetivos. O autor trata do lugar do sacrifício humano na cultura moche (primeira cultura pré-colombiana do Perú). Logo de início, ele expõe dois questionamentos, o primeiro sobre a história do sacrifício moche; segundo, as relações entre o sacrifício e as formas de autoridade. Então ele busca relações entre rituais de sacrifício e as organizações políticas, as funções do sacrifício humano na cultura moche, que estão extensamente representados na iconografia daquele povo.
Segundo Bourget, os sacrifícios são as atividades mais representadas na iconografia moche. Ele ressalta o Sacificio de La Montaña e a Cerimonia Del Sacrificio como os rituais mais complexos. Percebe-se que o Sacrificio de la Montaña aparece na Fase III do sítio arqueológico, juntamente com a Cerimonia de la Coca, e que a Cerimonia del Sacrificio só pertencia a Fase IV, e que o Sacificio de La Montaña está ligado a duas figuras de destaque, o Ser com presas e a Iguana, assim como a Cerimonia de la Coca. Além de chamar atenção para o fato de os sacrifícios estarem ligados a diferentes guerras rituais, que são guerras com objetivos unicamente religiosos.
O autor descreve e esclarece ainda, algumas cenas da iconografia estudada, inferindo que a caça de animais podem ser metáforas de guerras rituais e sacrifícios humanos.
Para ele, as pessoas e atividades envolvidas na Cerimonia del Sacrificio representam uma mudança na estrutura religiosa e política da cultura mochica, porém há uma certa continuidade em alguns aspectos. Chama atenção, também, para a troca do sangue das vítimas ser um fato da Cerimonia del Sacrificio que não é notado no