RESENHA REFERENTE AO ARTIGO, DALLABRIDA, Adarzilse Mazzuco. AS FAMÍLIAS E A CLASSE ESPECIAL EM UM COLÉGIO DE ELITE

2546 palavras 11 páginas
Resenha referente ao artigo,
DALLABRIDA, Adarzilse Mazzuco. As famílias e a classe especial em um colégio de elite.
Neste artigo Dallabrida apresenta uma parte dos principais resultados relativos à família realizada na tese de doutoramento intitulada “As famílias com filhos deficientes e a escolha da escola”, que analisa as motivações e expectativas das famílias que selecionaram um colégio confessional, localizadoem Florianópolis, para proporcionar educação formal a seus filhos considerados com deficiência, entre as décadas de 1970 a 1990.
Estudos no Brasil sobre as estratégias que as famílias de diferentes estratos sociais utilizam na seleção da escola para o filho (NOGUEIRA, 2002; CARVALHO, 2004; OLIVEIRA, 2005) vêm apontando que a articulação famíliaescola é a responsável na produção de sujeitos, ou agentes sociais, para ocupar posições determinadas na sociedade às quais são destinados, indicando diferentes estratégias desenvolvidas, tomando como base o capital econômico, cultural e social dessas famílias.
O problema deste estudo baseia-se na fundamentação teórica em Bourdieu (1998, 2003), procura analisar as expectativas das famílias com relação à escolaridade dos filhos considerados deficientes e em que medida essas expectativas com relação aos seus filhos, deficientes ou não, coincide quando colocados no mesmo ambiente escolar. Bourdieu (1998) afirma que as classes abastadas colocam em marcha uma série de estratégias, de maneira consciente ou inconsciente, que visam conservar ou aumentar seu patrimônio e, conseqüentemente, manter ou melhorar sua posição social. Entre as principais “marcas de distinção” destacam-se a: linguagem, o vestuário e a escolha da escola de seus filhos. O investimento em educação escolar, ou seja, o pagamento de um colégio que promete “status” intelectual e social e êxito nos graus superiores de educação representa uma “estratégia de reconversão” do capital econômico em capital cultural. Aliás, para o sociólogo francês, os diplomas

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