Resenha_O MITO DA MEGALÓPOLIS

RESENHA DA OBRA
A CIDADE NA HISTÓRIA, DE LEWIS MUMFORD – 2008
(CAP. 7, O MITO DA MEGALÓPOLIS)

Conforme Mumford, a ideia de a população urbana, maior que a rural, está de certa forma ultrapassada, pois atualmente muitos países estão entrando agora em uma era em que a área real ocupada pela população urbana, rivaliza com a área destinada ao cultivo de mantimentos. Esse rápido aumento da população e da área urbana coloca em cheque o urbano, e o autor chega a levantar dúvidas sobre o futuro de desenvolvimento urbano, tendo como base uma civilização que nos últimos anos não vem demonstrando sinais de estabilidade, passou por duas grandes guerras mundiais exterminando prematuramente mais de 60 milhões de pessoas. Ainda em seu início de capitulo apocalíptico, Mumford coloca que essa mesma civilização metropolitana contém dentro de si, forças explosivas capazes de apagar todos os traços de sua existência.
Ainda nesse início Mumford, fala também sobre os ciclos urbanos históricos que promoviam crescimento, expansão e posteriormente desintegração, como estando na própria natureza da civilização.
Em seu sub-capítulo “A escravidão das multidões”, Mumford, fala sobre o grande boom populacional vivido nos últimos séculos. Em 1800 nenhuma cidade do mundo ocidental tinha mais de um milhão de habitantes, e em 1850 apenas Londres, enquanto em 1900, onze megacidades já despontavam pelo mundo, sendo elas Berlin, Chicago, Nova York, Filadélfia, Moscou, São Petersburgo, Viena, Tóquio e Calcutá, e apenas 30 anos depois, esse número subiu para 27 cidades.
Essas alterações em número, dimensões e área urbanizadas resultou em mudanças qualitativas em todos esses centros, além de estender a zona de influência urbana, levando os bens, os hábitos e principalmente os valores ideológicos da cidade a aldeias até então contidas em si mesmas.
Em outro sub-capítulo, “A burocracia tentacular”, Mumford agora descreve a relação de atração hipnótica imposta pelo Estado nacional, que age como o grande