Resenha - Nimuendaju

Universidade Federal de São Carlos – Ufscar
Centro de Educação e Ciências Humanas
Departamento de Ciências Sociais

Resenha sobre o livro:
NIMUENDAJÚ, Curt. Os Apinayé. Museu Paraense
Emílio Goeldi. Belém-Pará. 1983

Introdução à Antropologia - Turma A
Doscente: Anna Catarina Morawska Vianna
Discente: Micaela Ap. Pellissari Ganzarolli
RA: 573957

15/07/2013

Até quando cultura imposta?

A iniciação do livro trata sobre uma breve apresentação bibliográfica do autor alemão, Curt Nimuendajú – nome dado por índios Ñandeva-Guarani em 1906, que significa "fazer moradia" (Revista de Antropologia. vol.44 nº.2 São Paulo. 2001) – e uma exaltação da importância de seu trabalho e contribuição de suas etnografias feitas na primeira metade do século XX, pois dedicou anos a trabalhar e conviver com a maioria dos povos indígenas no Brasil, fazendo com que dessa forma contribuísse através da riqueza de seu material com os estudos e posteriormente possibilitou uma discussão mais aberta e crítica acerca da questão cultural indígena.
A obra trata sobre o mistério (embora falte informações históricas precisas de onde, como e por que surgiram os Apinayé), retrata desde sua estrutura, significados ritualísticos, parentescos e crenças até o caminho percorrido pelo autor ao conhecimento fidedigno que torna-se referência até a atualidade. A informação que se tem é de como eles sobreviveram à algumas armações pelos então chamados pelo autos de
“neobrasileiros”, guerras violentas e possíveis combates entre próprias comunidades. Os neobrasileiros na qual é citado faz referência à todos que não são puramente indígenas, o que torna o termo pejorativo ao considerar apenas sendo brasileiros povos que estavam povoando aqui anteriormente à colonização.
O livro demonstra e ressalta incessantemente a importância de haver uma figura representativa entre os indígenas, que além de possuir conhecimento de valores através da visão de índios e não índios tornando-se um mediador e justiceiro das pessoas ao