RESENHA NELL

RESENHA
NELL. Direção: Michael Apted. Intérpretes: Jodie Foster, Liam Neeson, Natasha Richardson. 1994, DVD (113 min). País: EUA. Legendado. Colorido
Nathália
1° Período de Psicologia FUNEDI-UEMG
Faces Culturais
O filme “Nell” tem seu contexto rico em conceitos antropológicos devido às diversas manifestações culturais que se desenvolve ao longo da história. O filme será analisado a partir destes conceitos.
Nell (Jodie Foster), protagonista do filme, foi criada por sua mãe distante da civilização, o que a impedia de ter acesso a outras realidades. Sua endoculturação se deu através da matriarca, que foi apresentada no filme como sendo eremita e também vítima de uma parcial paralisia facial, o que fazia com que ela tivesse dificuldade ao falar, o que nos leva a entender que Nell não desenvolveu perfeitamente sua fala por ouvir sua mãe conversar de forma destorcida. Nell tinha uma linguagem singular, onde misturava palavras em inglês, porém destorcidas, com sua própria linguagem.
A princípio uma visão etnocentrista dominava a todos que de alguma forma tinham contato ou ouviam falar de Nell, pois não compreendiam o contexto cultural no qual ela estava inserida e se consideravam melhores que ela, que era considerada selvagem. Alguns acreditavam que ela pudesse ter problemas mentais, a loucura era vista de forma preconceituosa, pois a julgavam sem nenhum conhecimento dos fatos.
Através da morte da matriarca, Dr. Lovell (Liam Neeson) e Dra. Paula (Natasha Richardson) tiveram acesso à vida de Nell e decidiram investigar todo mistério que a envolvia. O que a princípio seria um estudo científico tomou maiores dimensões envolvendo uma entrega emocional de ambas as partes. A diversidade cultural que separava Dr. Lovell e Dra. Paula de Nell começou a não fazer tanta diferença. A divergência das culturas ia ficando em segundo plano na medida em que eles se envolviam no “mundo” de Nell, esta que também começou a se soltar, abandonando parte do medo inicial que a caracterizava