Resenha Marilena Chauí

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
PROFESSOR:
MATÉRIA: FORMAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA DO BRASIL
ALUNA:

CHAUÍ, Marilena Brasil: Mito fundador e a sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000. Cap. 5

Considerando Chaui (2000), a construção que designamos como “mito fundador”, é composta por três fatores: O primeiro é o imaginário mítico, o segundo é oferecido pela história teológica e o terceiro pela elaboração da figura do governante como rei pela graça de Deus. Todos esses três fatores tem um embasamento teológico muito forte e determinante, assim como era a dominação da igreja católica. Na carta de Pero Vaz de Caminha é nítida a relação com o misticismo e percebemos o uso da palavra “oriente” que na verdade é o um símbolo, significa tanto Japão, China e Índia como também oriente é o símbolo do jardim do Éden. E assim se da a construção do primeiro mito fundador. Que é a idéia de que o Brasil é o paraíso na terra. E como cita Chauí “De fato, a Bíblia, no livro do Gênesis, afirma que o praíso terrestre,(...) localiza-se no Oriente’’ (pág. 61), fator que serve como um alicérce a mais para o apoio da idéia mítica. Outros fatores biblícos também influenciam nesse pensamento como a vegetação do do que viria ser o Brasil, o clima. Tudo isso foi possível graças também ao fato de Portugal ser um país extremamente católico e que inclusive Pero Vaz cita em sua carta, se referindo aos índios, “por que eles, segundo parece, não têm nem entendem em nenhuma crença” ou seja, segundo ele, precisavam ser catequizados. Essa “visão do paraíso” também é bem marcada na letra do Hino Nacional, na bandeira e nas poesias cívicas, ou seja; arraigado a cultura do povo brasileiro. Outro ponto bastante relevante na construção desse mito é um questionamento bastante relevante o que Chauí faz quando coloca a seguinte questão: Como justificar a escravidão no Paraíso?
Usando a teoria de