Resenha Marc Bloch - Apologia da História ou O Ofício do Historiador. Apologia da História ou O Ofício do Historiador.

1287 palavras 6 páginas
“A mais difícil de todas as ciências”

Marc Bloch (1886 – 1944) é um conceituado historiador francês e um dos fundadores da Escola de Annales, criadora da revista “Annales d’Histoire Économique et Sociale.” Participou ativamente das duas grandes guerras mundiais e morreu na segunda, ao ser capturado pela Gestapo por ser judeu, e assim, foi fuzilado. É considerado o melhor medievalista de todos os tempos e, para alguns, o maior Historiador do século XX por sua renovação ao pensamento histórico, nova compreensão do feudalismo e a construção de análises que sugere uma complexa relação entre o homem, a sociedade e o tempo.
Publicou três livros em vida, dos quais dois tem tradução para português (Os reis taumaturgos e A sociedade feudal), e, após sua morte, mais alguns livros foram publicados por intermédio de seu filho, Étienne Bloch. O livro a ser resenhado, Apologia da História ou O Ofício de Historiador, não pode ser terminado, pois Bloch foi assassinado antes de terminá-lo.
A introdução, ou o livro inteiro, baseia-se em uma simples pergunta feita por uma criança: “Papai, então me explica para que serve a história?”. Bloch afirma que não irá responder pois a resposta seria a legitima história, logo, a pergunta já foi respondida. Utiliza sua análise da relação entre o homem, a sociedade e o tempo ao citar que os cristãos são historiadores que utilizam a bíblia como um livro de história (antiga), ou seja, juntando a sociedade, o homem e o tempo. Ele diz que cada sociedade tem uma maneira de lembrar e que elas mudam ao longo dos tempos e isto pode criar um mal entendimento histórico causando “uma violenta ruptura com nossas mais constantes tradições intelectuais”. Afirma que para escrever história é preciso atração, paixão pela mesma, pois senão, de que vale todo o esforço intelectual?
Diz que a história é uma “ciência em marcha”, por ser uma ciência que está o tempo todo em evolução, uma ciência que não tem previsão de fim, ou seja, para Bloch ela ainda está em

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