Resenha livro cultura da convergência
O autor inicia discutindo sobre uma colagem divulgada por uma estudante em
2001, o fato curioso foi á associação de um líder terrorista, no caso Osama Bin
Laden, com um personagem infantil, Beto de Vila Sésamo. A imagem foi distribuída
em todo Oriente Médio, ganhando cobertura mundial, seguidores do programa Vila
Sésamo se sentiram ofendidos com tal publicação. Esta imagem fazia parte de uma
série, que fora divulgadas na internet, intitulada “Beto é do Mal”, mas ao perceber o
impacto causado, Dino preferiu tirar as imagens do ar.
O exemplo de Dino foi usado para definir o assunto tratado durante o capitulo:
Convergência.
Fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes midiáticos, a cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam. (Pág. 27)
Ao analisarmos as imagens de Beto é do Mal o caminho percorrido por elas,
devemos perceber que a circulação delas dependeu de estratégias empresarias e
apropriação popular. Então essa circulação depende, fortemente, da participação
ativa dos consumidores. Jenkins analisa a convergência como sendo uma
transformação cultural, os consumidores estão à frente dessa transformação, eles
interagindo com os meios midiáticos. Agora percebemos não mais produtores e
consumidores, mas enxergamos participantes interagindo no processo. Criou-se
uma noção de inteligência coletiva, expressão cunhada por Pierre Lévy, que designa
essa inteligência como uma fonte alternativa de poder midiático, ninguém obtém o
mídias, exemplificado pela aliança entre videogame e cinema. Criou-se uma idéia de
união entre os meios, a consciência de que atingir a convergência num é fácil e que
temos que nos preparar para tal avanço.
O profeta da convergência
Ithiel de Sola Pool é