Resenha inteligência coletiva

A inteligência coletiva (IC) é, basicamente, a partilha de funções cognitivas, como a memória, a percepção e o aprendizado. “Elas podem ser melhores compartilhadas quando aumentadas e transformadas por sistemas técnicos e externos ao organismo humano”, explicou Lévy, referindo–se aos meios de comunicação e à internet. A IC não é só isso: “ela só progride quando há cooperação e competição ao mesmo tempo. É do equilíbrio entre a cooperação e a competição que nasce a IC”.
A inteligência coletiva desenvolveu–se à medida que a linguagem evoluiu. A disseminação do conhecimento acompanhou a difusão das ideias através dos discursos, da escrita e da imprensa. Hoje, a era é diferente. E inédita.
A inteligência coletiva pode ser dividida em inteligência técnica, conceitual e emocional. A primeira, lida com o mundo concreto e dos objetos (coisa). A seguinte relaciona–se ao conhecimento abstrato (signo). A última representa a relação entre os seres humanos e o grau de paixão, confiança e sinceridade que a envolve (cognição).
No mundo atual as ideias são o capital mais importante, e que só pode ser adquirido quando as pessoas pensam em conjunto.
O capital técnico gera as condições necessárias para a disseminação dos capitais cultural e social que, por sua vez, criam o capital intelectual, ou seja, todas as ideias inventadas e depreendidas pela população e que, uma vez expostas, passam ao domínio público. Esse capital, enfim, é o núcleo de toda a inteligência coletiva.
A teoria do pesquisador pode ser resumida na sua chamada ecologia das ideias. Se as pessoas ajudam a reprodução de conhecimento, este lhe será totalmente favorável. De outro modo, se as ideias favoráveis são mantidas e disseminadas, a população se reproduz, e vice-versa. O papel da internet é fundamental para o funcionamento desse sistema. “O ciberespaço é a principal fonte para a criação coletiva de ideias, de forma que elas sejam usadas para o bem de todos, através da cooperação intelectual”. A conexão cada