Resenha Inteligencia Relacional

1 Inteligência (competência) relacional

Durante vários anos pensou-se ser possível medir a inteligência de forma definida e independente de outros fatores, como o pensamento, por meio da velocidade de percepção, raciocínio e da precisão em efetuar cálculos e, para determinar a extensão da inteligência foi criado o índice chamado quociente de inteligência – QI.
Posteriormente, verificou-se que a inteligência estava diretamente relacionada à área afetiva e que esta interferia consideravelmente naquela. A descoberta da inteligência emocional, resultado da inteligência somada a fatores emocionais, deu inicio à estudos com vistas na identificação dessa nova modalidade de inteligência. No fim do século XX, após a publicação do livro “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman (1995), onde o autor discutia o conceito de inteligência emocional, a inteligência passou a ser vista de forma multifacetada.
A partir dos novos estudos sobre inteligência emocional, passou-se a mensurar a inteligência dos indivíduos por meio de testes de QE, que determinava a medida desse novo modelo de inteligência.
Com o tempo, consolidou-se a idéia de uma inteligência múltipla, vista e medida sob critérios biológicos, psicológicos e sociais, considerando-se, para isso, fatores afetivos e comportamento relacional.
Hoje, evidencia-se a capacidade de realizar atividades diversas, ou seja, a inteligência operacional. Em grupos, não é possível mensurar, considerando-se sua subjetividade, a inteligência isoladamente, mas a capacidade de interação entre seres humanos no contexto grupal em que atuam, a chamada Inteligência relacional.
O conjunto de competências desenvolvidas em um grupo de trabalho, chamado de “competência interpessoal”, não é um conceito recente, mencionado por Argyres (1962) e por Mailhiot (1976). Esse conceito mostra que, quando desenvolvidas, as competências de diversos indivíduos de um determinado grupo, proporcionam êxito nos resultados e, ainda, ensejam uma evolução das