Resenha história da psicologia

“Reflexões sobre o estudo da História da Psicologia” (Lenita Gama Cambaúva, Lucia Cecilia da Silva, Walterlice Ferreira, Universidade Estadual de Maringá, 1998, 21 páginas), traz um conjunto de reflexões para compreender a construção da Psicologia como ciência, através do entendimento das transformações das idéias psicológicas em um campo de estudo científico e na preocupação do uso do senso crítico para examinar o processo de transformação do homem que aceita mitos como explicação para as coisas que acontecem no mundo em um ser que pensa e busca respostas para questões que se depara ao decorrer da sua vida.

A partir do momento em que o homem desenvolve o trabalho, o mesmo deixa de usar a natureza somente para sua sobrevivência e começa a planejar ferramentas e formas de interações com outros indivíduos. Esse processo lhe concede consciência e pensamento racional, fazendo com que o indivíduo comece a investigar o porque das coisas antes de aceitá-las como evidentes. Em outras palavras, o homem começa analisar e tentar compreender eventos da natureza, como o nascimento, a morte, o motivo do céu ser azul, entre outras coisas. Assim origina-se a filosofia e conseqüentemente o senso crítico.

As idéias psicológicas nascem junto com a filosofia, pois quando o homem desenvolve uma atitude de indagações baseadas na razão, o mesmo começa a se perguntar sobre si próprio e sobre seu pensamento.

Com a crise do capitalismo, em meados do século XIX, o indivíduo entra por um período de adversidades, se interrogando sobre o sentido da sua vida, dos seus valores e aptidões. Neste período é essencial uma ciência que além de esclarecer características individuais de cada pessoa, pudesse adotar mecanismos para intervir nesse sujeito, fazendo conseqüentemente que a psicologia se desligue da filosofia e se torne um campo de estudo cientifico independente.

Ao mesmo tempo que surge a consciência e as idéias psicológicas no ser humano, há o nascimento do conceito de alma