Resenha fiori poder e globalização

1 1 Poder e Globalização O mundo que emerge dos anos 2000 é o da ideologia da globalização permeada por um liberalismo radicalizado e utópico. Cabe a crítica desvelar a ideologia que mascara e inverte a realidade; Esta parte da “dissolução pacífica” dos Estados nacionais, da inclusão, quando, na realidade, as transformações na concorrência e na tecnologia são per meadas por relações assimétricas de poder, pela oligopolização e financeirização do mercado e a intensificação da competição interestatal. A internacionalização foi permitada pela globalização das finanças, viabilizada pela desregulamentação, iniciada por EUA e Inglaterra e alavancada por taxas cambiais flutuantes. Neste período o comércio internacional passa a crescer em ritmo mais baixo, na qual, existe uma grande importância da posição do espaço (ainda que a ideologia coloque uma indiferença). A natureza da globalização é a de um sistema hierárquico. Neste sistema, há a preponderância de certos atores: Estados capitalistas centrais que atuam junto as suas instituições econômicas (bancos, multinacionais) (e não de um mercado abstrato). A gênese do espaço financeiro mundial foi o euromercado de dólares, viabilizado por decisão política inglesa. Esta passou a crescer com a suspensão do padrão dólar e a introdução do sistema de taxas flexíveis de câmbio que, por sua vez, foi alimentado pela reciclagem de petrodólares e dívida pública americana (o mercado de cãmbio desenvolve, consequentemente, o mercado de derivativos e securitização em relação a variação de moedas e juros). Nos anos 80, aprofundou-se a globalização financeira pela revalorização do dólar em 79, fim do controle do movimento de capitais e a liberação das taxas de juros. A desregulamentação, por sua vez, permitiu o surgimento de me rcados de obrigações interconectados (dívida pública), transformando países em reféns de credores. O passo seguinte é a liberalização dos mercados de ações (“big bang”). O último, a expansão e a universalização do