Resenha Filme Nunca Sem Minha FIlha
O filme “Nunca Sem Minha Filha” relata a luta de uma mulher, Betty, para escapar da autoridade de seu marido muçulmano, Moody, sem perder a custódia de sua filha, Mahtob. A vida dessas pessoas muda quando Moody, iraniano morando nos Estados Unidos há vinte anos, decide voltar a seu país de origem com a família. Primeiramente, a família voltaria aos Estados Unidos em duas semanas, porém o marido decide ficar em seu país. Sair do Irã não é tão fácil, já que Betty, por ser casada com um muçulmano lhe deve obediência. O contexto histórico do filme está relacionado ao fim da Guerra Fria. Os Estados Unidos, vitoriosos e sem os soviéticos, agora estão de olhos num dos recursos mais caros ao progresso capitalista, que é o petróleo. O Islã passa a ser o inimigo prioritário do projeto imperialista, o que posteriormente, com os EUA voltados na política externa para os países árabes e islâmicos, culmina na primeira Guerra do Golfo, em 1991. Ao analisar os personagens principais, é possível ver como os produtores do filme, que são americanos vêem o Oriente. Betty, a personagem principal, é a típica norte americana, mãe exemplar e esposa cristã. Sacrifica-se durante a trama pela família, desde o momento que decide ir ao Irã até o sofrimento para conseguir deixar o país com a filha. Sua força se concentra na confiança na América, e além disso, é a própria personificação do “American way of life”. Moody, o marido de Betty, é médico e reside nos Eua há vinte anos e é o personagem que passa pela transformação mais drástica durante a trama. Nos Estados Unidos, é respeitoso com a família, carinhoso com a esposa e mulher. Ao retornar para o Irã se torna autoritário e violento, passa a ser inconstante e rude, personificando, assim, a ideia que os americanos tem dos muçulmanos. A filha do casal, Mahtob, desde pequena já traz em si a ideia do que seriam os principais valores do cidadão americano, como a aversão a violência e