Resenha Filme Branded

Lenin, Fast food e ficção Por Daiane Cardoso

O filme Branded – The Mad Cow (2012),estrelado por Ed Stoppard é uma crônica da sociedade contemporânea e coloca em primeiro plano um de seus maiores dilemas. Até que ponto a cultura produzida em massa e disseminada como natural influencia na vida dos indivíduos homogeneizados como consumidores?
O diretor Jame Bradshaw, que também escreveu o roteiro, trabalha paralelamente como executivo de Marketing e afirma ter se utilizado dos conhecimentos que adquiriu em anos de exercício para trazer a tona as controversas vantagens desses serviços e seus efeitos no público. Em entrevista para o site Eo9.com, declarou:“Marketing is the power to control your desires”¹.Apesar de tal frase poder ser considerada simplista por muitos –com argumentos válidos sobre os quais discorrerei a seguir- o filme utiliza-se exatamente dessa máxima para tecer uma distopia surpreendente e um tanto alternativa no caráter técnico.
No enredo Misha (Ed Stoppard), ainda menino sobrevive à queda de um raio e supostamente recebe dons especiais, os quais decide aliar a sua extraordinária sensibilidade e conhecimentos de marketing para tornar-se um dos publicitários mais aclamados de toda Moscou-locação do filme. Porém após um complô das empresas de fast food para estabelecer um novo padrão de beleza e execração pública de Misha, este recolhe-se a um lugar ermo durante anos a fim de livrar-se das influências da mídia que ele mesmo ajudara a criar. Concomitantemente a essa trama é contada a história de amor entre o russo e a americana Abby (Leelee Sobieski),que pareceu-me tanto uma forma de celebrar o fim dos antigos conflitos ideológicos entre os países como padronizar o alcance da propaganda- além de é claro, criar um par romântico( e cenas românticas) que quase sempre cativam o público.
Como citei anteriormente, Branded não