Resenha: falcão meninos do tráfico
DOCUMENTÁRIO: FALCÃO: MENINOS DO TRÁFICO
O documentário Falcão: Meninos do Tráfico nos mostra a realidade que ocorre nas favelas do Brasil no tocante a vida de pessoas que trabalham no tráfico, vivendo em função desse movimento. O termo “falcão” se refere àquele que é responsável por vigiar a comunidade informando qualquer movimento de polícia ou de inimigos para os chefes do tráfico, se expondo a diversos riscos. O documentário, segundo Celso Athayde, um dos seus idealizadores, visa provocar uma discussão sobre quem ocupa o lugar de vilão e vítima na sociedade. Cabe frisar que muitas das crianças que começam a trabalhar para o tráfico se quer sabem como o mesmo funciona. Ao invés de estar brincando e estudando, muitas estão vendendo drogas e com isso financiando o tráfico e o crime organizado com justificativas das mais variadas. As referências que muitos desses jovens possuem é a do chefe do tráfico. Percebemos que muitos deles tem na figura do bandido a da pessoa que o protege, lhe fornece sua forma de subsistência e acabam desejando se tornar como eles. O tráfico de drogas exerce uma influência muito grande nas vidas dos jovens que estão envolvidos nesse ambiente. Durante as gravações do documentário, muitos dos “falcões” já se encontravam mortos, vítimas da violência própria do ambiente no qual estão inseridos, mortos por policiais ou por bandidos, acabaram perdendo suas vidas pelo sustento de viciados. Todos aqueles que fazem uso de drogas acabam por financiar a violência, a corrupção e manter o crime organizado. Entram em uma vida que para muitos não tem volta. Infelizmente o termo favela tem sido colocado pela mídia sempre como se fosse um sinônimo de violência. Seus moradores muitas vezes sofrem preconceito por morar onde moram, e como consequência disso, muitos são privadas de oportunidades. Por causa disso acabam se envolvendo com a atividade do tráfico. Mesmo com uma constituição que destaca o exercício dos direitos e